Inicialmente, a pena de morte tem o duplo caráter: da expiação e do ritual de exclusão. Ferramenta de coesão do grupo, historicamente nunca foi questionada a sua prática, mas a sua limitação a penas por determinados crimes.
A execução de um condenado aplaca a ira dos familiares da vítima e da própria vítima, se esta ainda se encontrar viva. A pena de morte sacia a sede de vingança da sociedade, além de que outro benefício da pena de morte é trazer ao culpado a chance do verdadeiro arrependimento, de se desculpar com suas vítimas e de pedir perdão a sociedade que ele ofendeu.
Há um caráter religioso na Pena de Morte que traz ao condenado uma chance de reflexão e aceitação da sua morte expiatória pelos seus próprios erros. Uma maneira dele se auto-punir pelo ato infame praticado anteriormente. É lógico que os covardes e os aproveitadores não desejarão expiar seus crimes com o seu próprio sangue, se apegarão até em Jesus para tentarem escapar do justo castigo.
Mas Jesus já se sacrificou pelo pecado do criminoso, agora o criminoso deve aceitar a pena como prova de que está arrependido. Quando Zaqueu , infame e desonesto cobrador de impostos do império Romano aceitou a Jesus, ele de imediato, como conhecedor da Lei de Deus disse a Jesus que como prova do seu arrependimento iria devolver 4 vezes mais a quem ele defraudou.
Quando Jesus foi crucificado, vemos que dois bandidos foram executados com a pena de morte juntamente com Jesus. Um dos criminosos alcançou o caráter expiatória da pena de morte ao se arrepender e Jesus prometeu-lhe ainda naquele dia que este entraria no paraíso. Já o segundo condenado não quis se arrepender, apenas recorreu a Jesus na tentativa de conseguir a anulação da sua condenação física a pena de morte. Outra vez a pena de morte teve demostrando seu caráter de ritual de exclusão, eliminando um homem mau da face da Terra.
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